terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

E vida continua...

Quanto tempo sem escrever, tem hora que é dificil escolher o que dizer. Nao queria perder tempo escrevendo qualquer coisa, sem finalidade, mas resolvi começar.
De novidade da nossa vida desde o ultimo post só o começo do nosso bacharelado. Cursos compensatorios, aulas muito puxadas, metodologia de ensino beeeeem diferente da do Brasil.
Aproveitando essa deixa da metodologia de ensino, cada vez mais minha visao da cultura local está mais concentrada na idéia de que eles fazem as coisas que estao previstas. A racionalidade do manual, poderia chamar assim o padrao de comportamento deles. Tem muitas coisas que se faz por aqui e que eu acho difícil de entender a lógica. Explico.
As casas por exemplo sao bem iguaizinhas, nao tem muita diferença entre elas, porque existe um padrao registrado e que custa caro mudar, entao mantem-se e pronto. Isso funciona um pouco para a educaçao. Sinto que se discute no máximo o que ensinar, mas nao como ensinar. O maximo do como se aplica em incluir uma nova tecnologia, ou nao. Nao vi até hoje abordagens construtivistas, socio-construtuvistas. Vejo uma abordagem tradicional, como diria Paulo Freire, de educaçao bancária, em que o professor deposita as informaçoes como se os alunos fossem cofres. Soa desumano, mas para eles é normal. Assim que sempre foi. Nao se questiona. Tudo é meio padronizado: o modelo de redaçao, a forma de dar aula, a relaçao entre professor e aluno. E, de uma certa forma está dando certo.
Tenho a impressao que estamos em uma sociedade que é fruto de uma educaçao tecnicista e isso garante por exemplo, que vai ter um cara que é especialista em apertar parafusos,e ele vai apertar parafusos e nao bater martelo.
Até onde saiba eles nunca tiveram uma inflaçao de 80% ao mês como ja tivemos no Brasil, a economia é estavel, nao tem muito o que rebolar pra levar a vida. Trabalha-se, ganha-se dinheiro e se gasta. De alguma forma isso organiza o mercado, mas engessa um pouco as relaçoes, e isso é muito mais sensível na minha opiniao para nós brasileiros que somos criados com uma valorizaçao enorme da criatividade.
Diria que em termos de sociedade temos muito a aprender com os canadenses e eles conosco. Eles a se abrirem para solucoes criativas, que fujam do manual e nós de organizarmos as coisas e respeitar as regras estabelecidas.