sexta-feira, 26 de março de 2010

Post Explicativo sobre equivalencia de estudos

Vi que esse tema da esquivalencia foi bem e percebo que ainda fica meio nebuloso na cabeça das pessoas. Vou expor aqui o que aprendi, vivi e pesquisei.

Há em Québec, um indice baixo de natalidade, uma economia em crescimento e uma populaçao envelhecida, prestes a se aposentarnos proximos 5 anos, sem capacidade de reposiçao de mao-de-obra, ou seja, uma necessidade de reposicao quase imediata de trabalhadores em várias escalas.

O governo, pensando nessa reposicao imediata, recruta os imigrantes qualificados e com capacidade de integraçao (dentro dos critérios deles) mundo afora. Há muitos imigrantes chegando, uma sociedade de acolhida que parece nao saber bem o que esta acontecendo e um mercado de trabalho que, em muitas instancias, só conhece as formaçoes daqui. Muitos nao sabem diferenciar um refugiado, de um trabalhador temporário, de um residente permanente. Recrutamento de imigrantes, muito menos! O governo, na minha opiniao, querendo intermediar a traduçao cultural educativa se propoe a dizer o que seria esse tal curso no pais X para quem tiver interesse em saber.

O empregador tem o seguinte: minha empresa está crescendo, meus empregados vao se aposentar e estou precisando ou vou precisar de mao-de-obra. Normalmente recruto no nível que preciso. Se meus cargos sao tecnicos, procuro nos CEGEPs, se sao superiores, nos formandos e formados das faculdades daqui, se preciso de gente com experiencia, faço ofertas melhores que as dos meus concorrentes.

O imigrante tem o seguinte: tenho qualificaçao, mas nao é a daqui, tenho experiencia, mas nao é a daqui, tenho uma lingua a dominar que nao é a minha. Existem ajudas para isso. Entao ficam dois grandes desafios que sao complementares: achar trabalho e se integrar a sociedade local.

Se o empregador rompe os paradigmas locais, ele pensa: sera que eu chamo esse cara de nome estranho que esta me falando que sabe esse monte de coisas e fez essas outras lá na terra dele? Muitos dizem: Nao. Vou esperar alguem se formar aqui e contrato. Outros dizem: vou tentar. Fazer isso que fazemos é igual no mundo todo, se esse imigrante me entender, contrato e treino. Muitos nem sabem que existe uma equivalencia de estudos e nao precisam de uma. Se ele está precisando mesmo, ele arrisca. Aí é so alegria e a integracao em geral acontece bem. (a maioria das pessoas que conheço nessa situaçao sao da area de informática)

Porém em muitos casos, nao é suficiente ter a formaçao desejada e o tempo de experiencia, se eles nao forem daqui. Mesmo se houver um estudo comparativo.

Ai vai o imigrante voltar aos estudos.(Geralmente isso acontece de quem vem das ciencias humanas) Mas quem vai validar o que ele já estudou no país dele? A própria universidade, que tem autonomia para creditar ou nao materias cursadas, ou entao a sua ordem profissional para dizer o que falta na formaçao para ser como um profissional daqui. E o estudo comparativo do MICC fica aonde? O caso das engenharias, das areas da saúde e outras profissoes regidas por ordem, exige-se geralmente uma volta aos estudos e/ou uma bateria de provas para validar os diplomas para poder atuar na area. Isso demora. Entre 6 meses e 1 ano e meio. Claro que cada ordem do seu jeito e no seu tempo.

O governo nao obriga nenhuma dessas esferas a concordar com ele. Só o proprio governo que quando abre concursos, para poder dizer se você é qualificado para o cargo pede a sua equivalencia, para poder te comparar com os outros candidatos.

Nessa romaria toda tem quem vá embora, quem faça esse processo a distância, e quem desiste e muda de área, já que em muitos casos estar na area de origem implica em começar de novo, a pessoa começa em outra área.


Porque entao eles insitem tanto em fazer a equivalencia de estudos? Se alguem tiver essa resposta, me conta!

sábado, 20 de março de 2010

Validaçao de Estudos pelo MICC

Ontem, depois de 5 meses de espera recebi a validaçao de Québec dos meus estudos do Brasil feita pelo Ministério da Imigraçao e das Comunidades Culturais. O prazo eram 6 a 8 semanas, depois de ligar por 3 vezes e ter como resposta: estamos com um atraso, ligue dentro de 2 semanas, resolvi esperar e chegou o documento. Fiz esse processo encaminhado por uma agente de imigraçao que disse ser muito importante validar o diploma de fora de Québec, para inserçao no mercado de trabalho. Imigante recém-chegado, a gente vai acreditando. Fiz, esperei e surpresa: a carta de frente da documentaçao diz textualmente que esta validaçao e simplesmente um estudo comparativo e que nao implica em nenhum compromisso nem de ordens, nem de estabelecimentos de ensino nem de empregadores. Pergunta cabal depois de gastar quase 500 dolares com esse processo: Para que isso serve mesmo? A minha pós-graduaçao foi validada como um diploma menor de primeiro ciclo para eles. Detalhe interessante: aqui existe o mesmo MBA que fiz mas vai entender esse povo. E segue a vida... Se conselho fosse bom a gente nao dava, vendia, esse vai de graça.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Semaine de relaxe, primavera antecipada e carnaval fora de época.

Semana passada a universidade deu o que eles chamam de semana de relaxe. Na verdade chamam de semana de leitura, maaasss, nesse ponto temos algo em comum entre brasileiros e quebecois, vira a semana de relaxar. Claro que tem gente que leva a sério e poe as leituras em dia ou estuda mais, mas em geral a galera relaxa, porque o estudo é puxado, cansa pacas, aí, tome relaxe...
Nós resolvemos viajar, visitar um primo na Flórida. Aí vem uma grande alegria de morar na América do Norte, ir pra lá foi razoavelmente fácil e foi muito divertido. Sem falar que família é bom, com moderaçao (risos). Brincadeira.
Enfim, mudando de assunto, e, aproveitando o título o tao temido inverno parece que estava meio cansado esse ano e nao foi tao implacável, já estao falando em primavera antecipada. O gelo das ruas está derretendo, tem sol que esquenta e as temperaturas tem ficado positivas. Digamos que sao boas vindas da mae natureza para esse primeiro ano de imigraçao. Como eles falam: foi seu primeiro inverno, espera os próximos. Vou esperar...
Aproveitando que a primavera vem, estou animado para a festa de carnaval fora de época que vai rolar aqui em Québec. Essa é de utilidade pública! A festa vai ser promovida pelo Grupo de capoeira daqui (sim, aqui é roça mas tem grupo de capoeira e tudo!), com a participaçao do Maracatu Pé na Rua, também daqui (eita, acho que aqui nao é tao roça assim?!), com o apoio da recém criada ABRE (Association Brésil des Étudiants de L'Université Laval) da qual honrosamente faço parte. Quanta coisa, né! Tem uma propaganda no facebook do evento, nao vou dar muitos mais detalhes, mas vale a pena dar uma espiadinha. O evento se chama carnaval brésilien.